Uma das montanhas mais altas do estado de São Paulo, com 2.420,7 m, e ocupando a 26ª posição entre as montanhas mais altas do Brasil, o Pico dos Marins atrai os amantes do montanhismo pela beleza da região que o cerca, proporcionando uma ampla e fantástica vista do Vale do Paraíba/SP, do Sul de Minas Gerais e das serras paulistas: Bocaina, Quebra Cangalha e Serra Fina.
A dificuldade para se chegar ao cume do Pico dos Marins também é outro atrativo para os montanhistas. Embora, para montanhistas experientes, não seja necessária a utilização de equipamentos de escalada, tampouco o uso de bússolas, GPS ou mapas, o trajeto até o cume é acidentado, longo e demorado, o que exige bastante esforço muscular e articular das pernas do montanhista, além de muito fôlego para resistir a cerca de 4 horas (ou mais) de dura caminhada até o topo.
A caminhada “off-road” propriamente dita inicia-se em um local chamado Morro do Careca. A partir dele até o cume do Pico dos Marins leva-se aproximadamente quatro horas carregando-se apenas alimentação e bebida e o retorno em aproximadamente três horas. Com barraca, provisões e alimentos para acampar no cume o percurso de subida pode ser feito em cerca de seis horas e a descida em cerca de quatro horas e meia. Estes tempos, é claro, não são absolutos pois dependem do grau de condicionamento físico do montanhista.
A temporada de visitas ao Pico dos Marins inicia-se no mês de maio e se estende até o mês de setembro. Fora deste período não é seguro aventurar-se por lá devido ao tempo instável, às fortes tempestades com raios e ao tempo fechado que reduz fortemente a visibilidade, prejudicando a navegação. Além do aspecto da segurança, visitar o Pico dos Marins durante a temporada é garantia de apreciação de todo o esplendor da região e de belas fotografias e filmagens.
Origem do nome
Conforme levantamento do jornalista e escritor piquetense, Rodrigo Nunes, em 1532, Dom João III, rei de Portugal, mandou para o Brasil dois bandeirantes com a missão de colher ouro e prata em nossas terras. Eles começaram desbravando a Mantiqueira e saíram pelo Vale do rio Paraíba até chegarem a região do Pico do Marins.
Depois de dois anos de expedição, Brás Cubas (um dos bandeirantes) adoeceu e voltou para a Europa com boa quantidade de outro e de prata. Luiz Martins – o outro bandeirante – ficou no Brasil.
Como ele passava com frequência pela zona do Pico, batizaram-na de região do Martins – por causa da presença do bandeirante.
Anos mais tarde, os tropeiros que desciam a Serra transportando a mercadoria do sul de Minas para o porto de Paraty, tinham um vocabulário muito pobre, sertanejo e rude. Portanto, eles não conseguiam, ao passar pela região, pronunciar Martins e com isso falavam Marins. O batismo então se deu por causa do erro de pronúncia.
Altitude
O Pico dos Marins está oficialmente registrado com 2.420,7 metros de altitude ao nível do mar (ponto de altitude zero).
Clima
Clima Tropical de altitude
Ocorre principalmente nas regiões serranas do Espirito Santo, Rio de Janeiro e Serra da Mantiqueira. As temperaturas médias variam de 15º a 21º C. no inverno as temperaturas podem variar de grau negativo a 10º com muita facilidade. As chuvas de verão são intensas e no inverno sofre a influência das massas de ar frias vindas pelo Oceano Atlântico. Pode apresentar geadas no inverno.
Bioma
Mata Atlântica
A natureza exuberante que se estendia pelos cerca de 1,3 milhão de quilômetros quadrados de Mata Atlântica na época do descobrimento marcou profundamente a imaginação dos europeus. Mais do que isso, contribuiu para criar uma imagem paradisíaca que ainda hoje faz parte da cultura brasileira, embora a realidade seja outra. A exploração predatória a que fomos submetidos destruiu mais de 93% deste “paraíso”. Uma extraordinária biodiversidade, em boa parte peculiar somente a essa região, seriamente ameaçada.
A Mata Atlântica abrange as bacias dos rios Paraná, Uruguai, Paraíba do Sul, Doce, Jequitinhonha e São Francisco. Originalmente estendia-se por toda a costa nordeste, sudeste e sul do país, com faixa de largura variável, que atravessava as regiões onde hoje estão as fronteiras com Argentina e Paraguai.
Espécies imponentes de árvores são encontradas no que ainda resta deste bioma, como o jequitibá-rosa, que pode chegar a 40 metros de altura e 4 metros de diâmetro. Também destacam-se nesse cenário várias outras espécies: o pinheiro-do-paraná, o cedro, as figueiras, os ipês, a braúna e o pau-brasil, entre muitas outras. Na diversidade da Mata Atlântica são encontradas matas de altitude, como a Serra do Mar (1.100 metros) e Itatiaia (1.600 metros), onde a neblina é constante.
Paralelamente à riqueza vegetal, a fauna é o que mais impressiona na região. A maior parte das espécies de animais brasileiros ameaçados de extinção são originários da Mata Atlântica, como os micos-leões, a lontra, a onça-pintada, o tatu-canastra e a arara-azul-pequena. Além desta lista, também vivem na região gambás, tamanduás, preguiças, antas, veados, cotias, quatis etc.
Apesar da devastação sofrida, a riqueza das espécies animais e vegetais que ainda se abrigam na Mata Atlântica é espantosa. Em alguns trechos remanescentes de floresta os níveis de biodiversidade são considerados os maiores do planeta.
Primeira ascensão
a confirmar
Acesso
O Pico dos Marins está localizado na cidade de Piquete/SP, próximo à divisa dos estados de Minas Gerais e São Paulo na Serra da Mantiqueira.
O acesso pelas estradas ao Pico dos Marins pode ser feito de duas formas, ambas através da BR – 459, Rodovia que liga Lorena/SP a Itajubá/MG.
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Turismo
O turismo vem se desenvolvendo muito desordenadamente com excesso de visitantes aos feriados e ninguém nos finais de semana fora da temporada. Na temporada que vai de Maio ate Setembro o movimento também aumenta e não existe controle, o que faz com que ocorra diversos pontos em estado bastante acelerado de degradação.
É altamente recomendado a contratação de Condutores de Caminhada Credenciados
Aconselhável a contratação de guia.